sábado, 30 de janeiro de 2010

Antes da Garden Route...

Ola!
Mais novidades...esse post deveria ter sido postado sabado, mas soh agora pude colocar na internet..


O processo: galinha ensopada


Semana passada, sexta, tivemos um dia de cozinha. Almoco brasileiro aqui no albergue (eu e Fe fizemos galinha ensopada, arroz au gratini e salpicao) e a noite janta em Devil's peak no apartamento de duas das nossas amigas dinamarquesas (aqui no albergue tem muitos dinamarqueses, sao maioria). Comemos peixe, salada grega e macarrao, tambem foi otimo! Foi legal ver onde elas estao morando e eh capaz da gente se encontrar na Garden Route. Voltamos de lah de madrugada, conversamos e rimos bastante, foi um tempo bom. Sabado pela manha fui em Big Bay com a Lin pra ela fazer a tatuagem dela, ficou bem legal! Depois mostro por aqui. Agora estamos na nossa sonhada Garden Route, ate agora degustamos cerveja-vinho, fomos ao ponto mais Sul da Africa (onde os oceanos atlantico e indico se encontram), dirigimos e alimentamos avestruzes, vimos alguns grandes animais (tigres, leao, cheetahs) e estamos conhecendo pessoas interessantissimas durante a nossa excursao. Muito otimo! Amanha tem o maior bungee-jumping do mundo, se eu nao escrever mais no blog jah sabem o porque, neh? haha

Big Bay - onde devo ter minha aulas de surf


Por causa da viagem devemos sumir daqui por um tempo, mas quando chegarmos de volta teremos milhoes de coisas pra contar, entao paciencia que voltaremos em breve. :)

Beijos!!
Fla.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Hey hey

Olá!

Mais um post, mais novidades. Essa semana tivemos alguns dias de folga e deu pra aproveitar bastante. Antes de ontem fomos a Intaka Island, que é a natureza remanescente da Century City, um complexo de prédios residenciais acoplados com o Canal Walk Mall, o maior shopping da África. Lá fizemos um passeio por algumas trilhas que levavam a bonitas paisagens, observamos alguns pássaros, aprendemos sobre o sistema de irrigação e filtração natural da água, essas coisas que biólogos gostam de saber. Depois fizemos um passeio de barco pelos canais, foi bem interessante. De lá fomos direto pro Canal Walk, eu e Fê pro cinema e Mette e Steffie pras compras (a maioria das lojas estava com 50-75% de desconto, uma tentação). Fomos ver Brothers! Só eu, Fê e mais duas pessoas da sala de cinema, com tela gigantesca e um filme envolvente. Valeu à pena.

Onde pegamos o barco - Intaka island

Century City - Intaka Island + Canal Walk Mall


Mette, Steffie, Fernanda e eu

Ontem pela manhã nos juntamos aos voluntários do projeto Outreach para levar algumas crianças carentes pra praia. Foi muito legal! Brincamos bastante, estou com o braço doendo agora de tanto levantar criança, rodar, puxar na bóia-barco, essas coisas. Apesar de não falarmos a mesma língua, a gente se virava com sinais e linguagem corporal. A praia era Big Bay, água geladérrima e transparente, linda!



Fe, um dos meninos do projeto e Whiskey
Eu e umas das menininhas do projeto em Big Bay
Lin (aniversariante e companheira de viagem) e Fe
As criancas do projeto na jacuzzi do albergue

E foi aniversário da Lin, então depois que chegamos da praia nos arrumamos pra ir pro Mo-Yo, um restaurante em Stellenbosch. Buffet liberado com comidas típicas africanas, muita variedade de tudo quanto era tipo de carne, sobremesa e até marshmallow no fogo tinha lá. Imagina uma área gigante, com plataformas de madeira nas árvores onde se encontravam mesas à luz de velas, ambiente semi-iluminado, com luminárias lindas e rústicas, sofás-camas e cobertores para quem quisesse relaxar pós-refeição (ou esperar por uma mesa) e entretenimento com música ao vivo e apresentações de danças africanas. Perfeito, né? Minha descrição não faz jus ao lugar, me senti privilegiada por ter ido lá.


Hoje nada demais, supermercado pela manhã e trabalho agora à tarde-noite. Muita coisa ainda pra acontecer essa semana, culto jovem na igreja amanhã, jantar e visita ao apartamento de Maria & Anna na cidade sexta-feira, parque de diversões Ratanga Junction talvez no sábado e domingo o início da nossa viagem de 7 dias pela Garden Route com a Lin. Uhull!


Here’s from Africa, with Love,
Flá.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

World Cup Stadium

Finalmente o momento mais esperado de todo brasileiro aqui em Cape Town:
Inauguração do Green Point Stadium, um dos estádios da Copa do Mundo!!
(quase chorei de emoção quando entrei O.o)

Nesse estádio, o único aki em Cape Town, vão acontecer alguns jogos e a semi-final.
E o estádio é lindo, bem-estruturado, seguro, de encher os olhos.


Sábado teve a inauguração dele com shows e um jogo entre 2 times daqui.
O jogo foi mt ruim, gente. Juro q não teve emoção nenhuma.
Todo mundo bocejando durante o jogo O.o
A única parte quase emocionante foi a parte dos pênaltis, pq era uma final e tava 0 x 0.


E eu acho q tinha mais brasileiro lah do q sul-africano!
Na nossa frente tinha uma fileira de brasileiros, e tinha um cara com a bandeira do Brasil.
Pq não pedir a ele uma foto?
O resultado tah aih abaixo :]



Foi ótimo, não tenho palavras pra descrever a sensação de estar no estádio novinho pra Copa!
Agora soh falta a sensação de "estar na Copa"! Aah dah ateh vontade de esticar até Junho aqui x]
Depois do jogo, Long Street. ^^
Jantar no Mama Africa e uns coquetéis no Café Mojito com todo mundo do albergue.
Aí vai uma dica de um excelente coquetel que nem sabia que existia: Green Iguana.

Isso sim é Cape Town.
Que vida difícil essa por aqui.

:P
Fernanda

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aprendendo historia e compartilhando cultura




Ontem fizemos um passeio mt esperado por nós: fomos a Robben Island.


Vista da Table Mountain pela Robben Island


Essa ilha, junto com o Museu District Six, são símbolos da política do Apartheid que a população sul-africana viveu há poucos anos.


Ela fica a poucos quilômetros de Cape Town, e foi onde Nelson Mandela e a maior parte das pessoas que hoje fazem parte do Congresso da África do Sul viveram isolados em uma prisão de segurança máxima.





Pegamos um barco até lá, junto com as nossas 7 amigas dinamarquesas (foto acima)! :D Chegando lá, um ônibus percorreu toda a ilha, com o guia explicando a história de cada lugar. Depois entramos na prisão de segurança máxima, vimos a cela de Nelson Mandela e pudemos entender como era a rotina na prisão.


Esse foi um dos guias. Ele foi um dos presos politicos da Robben Island




Por já ter lido a biografia de Nelson Mandela e ter visto o filme, o passeio pela Roben Island foi muito rico e esclareceu muitas coisas. Vi a prática da teoria. Fez toda a diferença.




Chegando no albergue, fizemos o nosso Jantar Brasileiro pras dinamarquesas e pra Akhon (sul-africana). Fizemos caldo verde e cajuzinho. Apesar do pão-de-queijo ter sido um desastre (nem pronto ficou), o resto fez muito sucesso! Principalmente o cajuzinho, eles estão adorando os doces brasileiros (apesar de ainda acharem "muito doce" hehe).

Cajuzinhos!



Hoje de manhã fomos pra praia de Clifton, por enquanto a mais bonita de Cape Town pra mim. É um conjunto de 4 praias pequenas, me lembrou muito Búzios. Pena que não ficamos muito tempo, tínhamos que trabalhar no albergue à tarde.


Praia de Clifton


Cape Town é linda, galera.
Fe :]

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Finalmente, noticias.

Olá!

Mais uma postagem (desculpa a falta de noticias!). Vou começar falando de coisas gerais e depois falo do que temos feito. Hoje estive pensando no que poderia escrever no blog e decidi contar algumas coisas que percebi esses dias. Por exemplo, aqui é muito comum as pessoas fumarem, 85% dos hóspedes fumam. Temos sido fumantes passivas por tanto tempo que eu já nem me incomodo com a fumaça ou o cheiro, incrível! Juro que se fumarem na minha frente nem vou perceber.

Aqui também a gente tenta cuidar da saúde, por isso temos tentado sempre comprar frutas. Percebi que me apaixonei por nectarina! Banana todo dia, claro, e às vezes junto com a comida para assustar os estrangeiros (o que essa nativa-selvagem está fazendo? Oooww). Mas sabe o que sinto muita falta na comida? Farinha! Toda vez que como feijão (enlatado, com molho de tomate), penso na farinha e no quanto eu gostaria de tê-la por perto.

Os insetos são super diferentes, hoje achei uma mini-aranha muito interessante na minha roupa suja depois que saí do banho. Parece aquela do Brasil, de longas e finas pernas e corpinho pequeno. Existem alguns mosquitos do tamanho do meu polegar (!), assustadores. E nas ruas, os pássaros mais comuns são os pombos, mas também uma ave marinha branquinha, parece uma gaivota.

Falando um pouco das novidades, vou começar por sábado. Sábado à noite fomos em uma programação jovem da AOG (Assembly Of God), conhecemos muita gente legal, voltamos muito animadas. A banda jovem tem um CD muito bom, parece Hillsong (ao povo da igreja, depois compartilho com vocês!).


No domingo fui ao supermercado, enquanto a Fê trabalhava, para comprar comida pro piquenique da tarde. Fomos ao Kirstenbosch Botanical Garden, o monumental jardim botânico daqui. Lindas paisagens pra ver e um show do Zebra&Giraffe, uma banda sul-africana ótima, estilo The Killers, pra animar. Sentamos na grama em frente ao palco, dividindo o espaço com centenas de outras pessoas de toda parte do mundo, todos jovens com cestinhas de piquenique de um lado, óculos escuros e chapéu do outro. Foi ótimo, comemos Lays, suco de uva e bolo de banana. As tres primeiras fotos sao exatamente do Summer Concerts! Foi otimo.

Eu + Mette, Steffie, Kristen, Anna e Maria

Fe + Kristen, Anna, John, Lee, Mette, Steffie e Maria


Já na segunda-feira trabalhei de 8h-16h, num treinamento do KFC. Inicialmente meu objetivo era ser caixa, mas eles enfatizaram que era necessário começar na cozinha para poder ser promovida depois. Beleza. 8h em pé, sem poder sentar, esperando os pedidos para poder aprender a montar os diferentes hambúrgueres. De uns vinte funcionários, eu era a única branca. Lá tinha gente do Zimbábue, Zâmbia, Namíbia e até Congo. Arrumando outro emprego eu tinha dois objetivos: continuar a praticar inglês e ganhar um dinheirinho. Percebi que lá não conseguiria fazer nenhum dos dois. A maioria dos negros aqui tem o inglês como segunda (ou terceira ou nona) língua, então em boa parte do tempo eles se comunicavam entre si em Xhosa, Xona ou sei lá o que mais. E o salário era bem pequeno para uma carga horária muito extensa.

Por causa disso ontem fui lá me despedir e agradecer a oportunidade ao Sergio, o gerente (branco) que me entrevistou semana passada. Ele foi super gentil comigo, disse que era uma pena eu não pegar o trabalho porque ele estava querendo mesmo dar uma variada na cor dos trabalhadores, como modo de diminuir o racismo. A gente conversou sobre futebol, sobre a Copa e até ganhei um milkshake de cookies (e ele ainda vai me pagar as oito horas trabalhadas). Saí de lá bem feliz com minha decisão e com a reação dele.

Ainda sobre segunda, chegando no albergue, eu e Fê pegamos um ônibus pra cidade, com o objetivo de subir a Lion’s head, uma montanha famosa pela vista do pôr-do-sol, do lado da Table Mountain. A caminhada de uma hora e meia foi linda apesar de algumas nuvens insistirem em cobrir a nossa visão. Aqui o pôr-do-sol acontece às 20h, então apreciamos a vista noturna também enquanto fazíamos nosso caminho de volta. Valeu à pena apesar do cansaço e das bolhas no dedinho do pé.

Fernanda num das partes criticas da escalada: Lion's head



A vista que tinhamos durante a caminhada!

Na escuridao da volta


De noite cheguei doida pra dormir, nem tinha forças pra comer nada. Descobri que íamos trabalhar às 7h do dia seguinte, então só tomei banho e cama. Para provar que nosso trabalho não é tão fácil quanto parece, o gerente me ligou meia-noite e meia, dizendo que o taxista estava esperando na porta do albergue com duas novas hóspedes, e eu tinha que fazer o check-in. Legal que ninguém tinha me avisado disso antes, fui pega de surpresa. (A outra menina que trabalha aqui sabia da chegada das hóspedes mas decidiu ignorar, aparentemente). Faz parte do trabalho. Pra compensar ontem dormi até um pouco mais tarde enquanto minha bondosa irmã me cobria na recepção.

Então é isso, novidades detalhadas pra vocês. Hoje ainda aconteceu dois eventos importantes: Robben island e Brazilian dinner. Mas isso deixo pro proximo post.
Beijos,
Flávia

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dogs!

Esse fds estamos sendo baba da whisky, essa pekenininha da foto abaixo! xD

Td bem q ela acorda a gente de madrugada kerendo brincar, mas qm liga? O.o hehe
Lucky, nao fica com ciume, nao te trokei, viu?


:]


Bjos!!

Fe

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

1/2

Olá!


Antes de ontem fomos com o povo do albergue para um Drumming Workshop, onde tentamos aprender a tocar tambor africano. Foi muito divertido, mas empolguei tanto que voltei pra casa com três dedos inchados e roxos. Valeu à pena do mesmo jeito. Ainda passamos na Long Street à noite, num bar irlandês que tinha uma banda tocando sucessos dos anos 90, como Roxette e Bon Jovi. Lá pudemos conferir a performance dançante das meninas dinamarquesas, Mette e Steffie (foi bem engraçado, morri de rir).




Bom, hoje foi minha vez de procurar emprego...na realidade, não estou muito preocupada com isso, se der certo, ótimo, mas se não der vou ver se trabalho por mais tempo aqui na recepção do albergue mesmo. Distribuí alguns currículos, mas até agora só um lugar pareceu promissor: KFC. É tipo um McDonalds da vida, segunda-feira eu vou lá para um treinamento como caixa. E hoje à noite volto ao Yo-Mojo (um bar) pra conversar com a gerente.


Uma novidade legal é que eu, Fê e Lin (uma hóspede-voluntária) estamos planejando uma viagem pro dia 7 de fevereiro pela África do Sul, tipo um Tour de aventura, incluindo pular de bungee-jumping de uma ponte, na altura de 216m (é o maior bungee-jumping do mundo). Estou me enchendo de coragem pra ir. Também mergulharemos com crocodilos, andaremos em cima de elefantes e avestruzes, visitaremos algumas praias e conheceremos muitas pessoas. É uma semana de viagem, por isso não sei se o KFC será flexível... Mas segunda-feira converso com eles, e se não der, não deu. Ao menos tentei né. Vou priorizar a viagem, claro.

A ponte.


Quanto aos outros planos nesse tempo que nos resta aqui na África conto mais pra frente.
Beijo!
Flá.
ps.: hoje se completa metade do tempo que estamos aqui, por isso o titulo. :)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mais noticias

Olá!

Mais notícias para vocês. Primeiro, tivemos um jantar típico dinamarquês muito bom esses dias com Mette, Steffie e Akhona. As duas primeiras cozinharam pra gente um prato que não consigo pronunciar até hoje, mas basicamente é bolo de carne com um molho muito bom, com cebolas e batatas. De sobremesa, morango com leite e açúcar. Ainda teremos um típico africano e depois um típico brasileiro (queria poder fazer feijão tropeiro aqui, mas não existem os ingredientes).


Mette, Steffie, Akhona, eu e Fe


E ontem fomos com outras duas dinamarquesas, Anna e Maria, para um Tour a pé por Cape Town. Dessa vez foi diferente porque fomos com um guia que nos contou um pouco da história da África do Sul: colonização, escravidão (e aqui o Brasil apareceu várias vezes) e Apartheid. Passamos no Museu Distrito 6, onde está viva a história dos negros e coloured people (os que não são puramente brancos) que foram forçados a mudar de suas casas e bairro para dar espaço para residências de brancos. Resultados: muita demolição, corações partidos e saudades, e tudo em vão – os brancos se sentiram constrangidos com tal ação do governo e não construíram nada por lá. Até hoje o Distrito 6 é um espaço vazio dentro de Cape Town como lembrança das mazelas do Apartheid.

Lin, Fernanda, Maria e Anna (no braai)

Eu no District 6 Museum
(atrás são as placas das ruas que alguém tinha guardado de recordação e depois doou pro museu)

No caminho pro museu, achamos a Universal, tão monumental quanto a que temos na Reta da Penha – fiquei de cara com o poder financeiro dessa igreja.



À noite teve outro Braai no albergue (o mesmo da foto lah de cima), dessa vez com direito a caipirinha. Acho que fizemos umas 10. Mas não é caipirinha de verdade, porque usamos Rum e Lima ao invés de cachaça e limão. Mas está valendo...o importante é que o pessoal gostou. Olha a Fernanda-bartender:



Acho que é isso, são as notícias gerais.
Beijos!
Flávia.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Janeiro

Flavia, Akhona e Marc (gerente) no braai de antes de ontem.

Sim, nos fomos ao CATS!


Flah, eu, Mette e Steffie em frente ao teatro de CATS




Janeiro tem sido bem diferente de Dezembro, galera. Após conhecer praticamente todos os pontos de Cape Town e curti-los bastante, a nossa visão começa a mudar. Antes, uma viagem turística. Hoje, o lugar em que estamos vivendo.

Passamos a ficar mais no bairro, fazer amizades no albergue, assistir filme a noite, nos sentir como se aqui fosse, não nosso lar, mas nossa casa. Entende?

A partir disso surgiu a vontade de fazer algo a mais que o trabalho daqui. Pra Flah tava praticamente tudo certo o estagio para cuidar de pingüins no SANCCOB. Infelizmente, a coordenadora de lá não aceitou o pedido de isenção dos mil rands q ela precisaria pagar pra trabalhar voluntariamente. Como é meio sem lógica pagar pra trabalhar de graça, Flah recusou. Ainda acredito que há coisa melhor por vir.

Já eu saí pelo bairro pra procurar emprego de garçonete, bartender, recepcionista, atendente, qq coisa do tp. Apesar da sensação de estar "desempregada", pra falar a verdade, foi bem divertido! Todos me trataram muito bem, e em 4 lugares que fui recebi na mesma hora proposta de dois.

O lugar que eu queria mesmo trabalhar tem uma carga horária muito pesada, não daria pra conciliar com o trabalho aqui com o Saltycrax. Mas não fiquei chateada, aceitei a proposta do outro lugar, um bar em frente a praia, chamado Boogies Bar, pra ser bartender (mais nomes de bebidas pra aprender)!
Amanhã começo lá; desejem-me sorte!

Além do trabalho, vamos fazer uns mousses pra vender aqui no hostel, além de caipirinhas. Também temos comissão ao vender camisas do hostel e ao marcar tours pros hóspedes.

Até que tentar ganhar dinheiro aki eh bem divertido! Será que devo abandonar a universidade? xD

Bjo especial pro namorado que está viajando pra Califórnia hoje! :**
Fernanda

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

One month...

Olá!

Hoje, dia 04, se completa um mês que estamos aqui. 1/3! Passando bem rápido, né? Aos que estão com saudades, já é um consolo (pelo menos pra mim funciona pensar assim). Isso também significa que temos que aproveitar bastante, porque o tempo está voando.

Esses aí da primeira foto são Peter e Akhona. O Peter está acampando aqui e a Akhona trabalha na mesma função que a gente (por ser mais experiente, ajudou muito no começo). São nossa companhia diária aqui, ontem eles discutiram durante umas duas horas sobre evolução e sobre mercado de trabalho, foi divertido.

Essa segunda foto são as cervejas e cidras que vendemos aqui. De cima pra baixo: Brutal Fruit e Smirnoff Spin; Amstel Larger e Savanna; Amstel, Castle e Windhoek. Aceitamos encomendas do Brasil, só falar quais vocês querem, mandarem o dinheiro (pagando comissão) e a gente providencia. Haha :P


Bom, nosso trabalho aqui no albergue nos permite muitos dias de folga e trabalhamos na maioria dos dias em meio expediente (ou de 7h-16h ou 16h-21h). Por isso eu e Fê começamos a procurar outro trabalho para fazer: pra Fê a prioridade é remuneração, pra mim a prioridade é que tenha algo a ver com a Biologia. Por isso hoje fomos visitar o SANCCOB (Southern African Foundation for the Conservation of Coastal Birds), um centro de reabilitação para aves marinhas. O trabalho deles é muito parecido com o CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Brasil, só que eles são especializados em aves. Isso significa que chegam aves de toda região sul da África, doentes (ou encharcadas de óleo) que precisam de recuperação no Sanccob e eles fazem o máximo para tratá-las e devolvê-las para a natureza. Alguns não possuem condições de voltar para a vida selvagem, porque logo morreriam, então permanecem na Fundação. Adorei conhecer o lugar e hoje já preenchi um formulário de trabalho voluntário, provavelmente começarei semana que vem! Muito bom poder ganhar experiência no exterior, num trabalho que gosto muito... Pelo que vi, meu trabalho lá será basicamente limpar os recintos, alimentar os pingüins ou aves que estiverem lá, e soltura pra natureza quando eles estiverem recuperados. Hard work. Quando eu começar, conto melhor como é. Estou bem empolgada.



Acabei nem contando do Ano-novo no último post, né. Mas foi basicamente uma festa na casa de um menino brasileiro. Foi legal conhecer outros brasileiros, que eram maioria lá, e conversar e rir até de madrugada. Duro mesmo foi trabalhar o primeiro dia do ano de 7h-21h, sem ter dormido nada praticamente. Mas faz parte do trabalho, né.

Grande abraço brasileiro,
Flá.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Aspectos socio-culturais

Algum tempo já sem postar, né? Eu falei que ia voltar a escrever antes do ano-novo, e eu realmente ia inclusive colocar fotos do nosso último tour por Cape Town, que foi pelos museus daqui. Foi um ótimo passeio e tiramos fotos em cada lugar que o guia da África do Sul da Folha de São Paulo dizia valer à pena (obrigada povo do cefetes pelo presente!). O problema foi que ao final do dia nossa câmera foi furtada, no dia 30 de dezembro. Não estava muito em clima de postar, então resolvemos adiar um pouco. Neste post de hoje vou falar dos aspectos sócio-culturais da África do Sul. Primeiro, é raro assalto a mão armada. Nossa câmera foi roubada sem a nossa consciência, sem percebermos, o que constitui furto. Parece que é bem comum acontecer isso por aqui, são famosos os batedores de carteira. À noite pode acontecer de te ameaçarem com alguma faca, mas já soube que arma mesmo ninguém usa. Hoje contei do furto a um vendedor sul-africano e ele disse: “Welcome to Africa”. Obrigada.

Ok, apesar de 80% da África do Sul ser bem parecida com o Brasil, desde o clima até a simpatia das pessoas, alguns aspectos são bem diferentes. Pra começar, o mais chocante de início é ver os carros com volante no lado direito e com as ruas em sentidos contrários, ou seja, o carro deve manter-se sempre na pista da esquerda. Isso quase nos levou a ser atropeladas algumas vezes, porque olhávamos pro lado errado ao atravessar as ruas. Mas agora já nos acostumamos. Por via das dúvidas a gente olha pros dois lados antes de atravessar.

Transporte público é muito ruim. Pra quem conhece Búzios e as kombis que levam as pessoas pra todo lugar por 2 reais talvez possam visualizar melhor como é o transporte por aqui. Quem tem condições, anda só de carro. É muito raro ver gente andando a pé fora dos centros comerciais. Pra quem não tem carro e precisa se deslocar em grandes distâncias, duas opções: ônibus (similares aos do Brasil, só que em piores condições) ou mini-bus (vans). Os ônibus são mais seguros e ao embarcar o motorista segue seu caminho. Não existem muitos ônibus disponíveis, então eles demoram muito pra passar (40min em média) e poucas pessoas os pegam. O preço não é fixo, então quanto mais distante seu destino, mais caro você paga. As vans, por sua vez, ficam lotadas - 99% de negros (muito raro ver brancos nas vans) - e se elas estiverem vazias ao você entrar, provavelmente você vai ter que esperar um pouco até o motorista achar que tem um número suficiente de pessoas. Não tem muita diferença do preço do ônibus e a frota é muito maior, por isso muita gente é atraída pra elas.

A comida é um aspecto interessante. É bem picante, apimentada, me lembra a Bahia. Ninguém aqui almoça cedo, e é comum comer pão no almoço, montando um sanduiche. Só fui comer feijão e arroz depois de duas semanas e foi felicidade total, estava sentindo falta de feijão.

Todas as pizzas são bem diferentes dos sabores do Brasil. Até agora, em comum mesmo, só marguerita e peperoni. O que mais vemos por aqui é abacate na pizza (quando falei que fazíamos vitamina de abacate no Brasil foi um momento estranho com pessoas fazendo cara de nojo), e não vemos catupiry em nenhuma pizza. Colocar ovo cozido na pizza, como fazemos na minha preferida portuguesa, é uma aberração. Mas eu e Fê estamos querendo preparar uma pizza portuguesa qualquer dia por aqui, pra divulgar o que gostamos.

Algumas marcas têm nome diferente, claro... Kibon, por exemplo, é Ola. Todas as marcas mundialmente famosas, como Nike, Adidas, Puma estão em clima de Copa do Mundo e com estampas bem nacionalistas, as camisas estampam África por todo lugar. As ruas de Cape Town estão enfeitadas com bandeiras que declaram que a África está pronta para a Copa. E, pelo que tenho visto, eles mal podem esperar.

Futebol aqui só é comum entre os negros, que representam a maioria da população. Eles estão muito empolgados com a Copa e é só falar do Brasil que eles fazem uma piada sobre como a África do Sul conseguiria vencer o Brasil na Copa. Depois eles começam a rir porque sabem que isso seria muito difícil. Os brancos preferem mesmo rúgbi, ou críquete. Por isso nas lojas vemos tantas bolas de rúgbi quanto de futebol.

Por enquanto só estou lembrando essas coisas. Qualquer aspecto a mais volto a escrevê-los.

Um abraço,
Flá.

PS.: Hoje compramos uma câmera nova, então aguardem que em breve postaremos novas fotos. Mãe, se você ver este post a tempo, vamos te ligar hoje (domingo).

Algumas fotos mais

Eu e whisky, a nova mascote do Saltycrax

Fe e o esquilo do Company's Garden


Essa eh pro John: eu e o planetario


Fe dentro do aquario do Two Oceans (muito legal a sensacao de estar rodeada de peixes sem precisar se molhar haha)!